Domingo XVII - Tempo Comum
1ª Leitura 1Reis 3,5.7-12
A primeira leitura nos apresenta o diálogo que Deus faz com Salomão um diálogo que dá alegria e esperança, um Deus amigo, um Deus muito perto das pessoas, um Deus que sempre toma por primeiro a iniciativa de ir ao encontro das pessoas. Ele está sempre perto de nós, mas de nós quer fidelidade.
Salomão faz esta experiência de Deus, por isso não se preocupa de si, mas do povo ao qual foi posto como chefe e guia. Ele experimenta a sua incapacidade e a sua pequenez de levar a frente a tarefa confiada e Deus que conhece os corações lhe dá o dom da inteligência e sabedoria para governar o povo que ele escolheu para sua herança.
Ainda hoje Deus se compromete connosco, esperando a nossa resposta “Eis que estou a porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo”. E será festa!
Com Deus no coração haverá festas, pois ele está presente, partilhando as nossas alegrias e os nossos sofrimentos.
2ª Leitura Rom 8,28-30
Nesta leitura encontramos o resumo, da 1ª e do Salmo. Confirma como deveríamos ser nós cristãos: “sede santos porque eu o vosso Deus sou Santo”. se na verdade acreditássemos neste Jesus que nos ama mais do que todos não haveria lugar para tristeza e lentidão no nosso coração.
Amadas/os, escolhidas/os, predestinadas/os, por Deus “para sermos conforme a imagem do seu filho a grande amizade de Deus para as suas criaturas! Deus quer que sintamos e experimentemos a verdadeira irmandade com Jesus seu filho! Parece loucura! em quanto é o seu grande Amor para connosco, um Amor sem comparação nem limites.
“Deus amou de tal modo o Mundo de dar o seu próprio filho” qual é nossa resposta?
Evangelho de Mt 11,25
Num Mundo que nos atrai por caminhos fáceis, Jesus nos apresenta o novo sentido do discipulado, se apresenta como o Tesouro escondido, como pérola preciosa de descobrir e encontrar cada dia, numa descoberta sempre nova, por isso nos chama à radicalidade. É a urgência de Deus que se contrapõe à nossa lentidão de começar a caminhada, às vezes árdua e dura mas que abre as portas ao Reino.
Este Reino presente no meio de nós, mas que não sentimos dentro de nos pois nos falta a alegria de pertença a um Deus que nos ama e a Jesus Cristo que nos ensinou o caminho do amor. O Camponês encontrou o tesouro, o negociante a pérola, mas não param, tomam as suas a decisões e assumem as consequências a decisão é definitiva, “vender tudo” para comprar o campo e possuir a pérola.
A decisão é tomada sem meia medida, é algo que “Vale a pena” e é algo que nos fará sentir felizes!
A alegria que experimentamos é o ponto de partida para começar a ser “criatura nova” possuída por Jesus Cristo, e o Reino se faz presente!
É curiosa a perguntas de Jesus aos seus ouvintes “ Entenderam tudo isso?” a resposta foi “sim”: afirmativa. Para mim foi e é sempre uma pergunta que me faz reflectir, pois o Escriba é o mestre que deve ter em si a sabedoria de Deus, transmitir a palavra, para que os outros a possam entender, tudo isso não é fácil, pois somos frágeis, mas é na nossa franqueza que Deus actua em nós, fazendo-nos experimentar a alegria do Dom recebido em Jesus Cristo.
É preciso uma escolha radical e decisiva que oriente toda a nossa vida, com a esperança de poder possuir o verdadeiro Tesouro Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
O verdadeiro discípulo é aquele que descobre o tesouro do Reino e se compromete com ele.
Como Salomão, peçamos ao senhor sabedoria, alegria e entusiasmo. E que o Espírito Santo nos guie e acompanhe na fidelidade a Deus em Jesus.
Autoria deste texto:
Irmãs Combonianas, Nacala