2010-11-26

VIGIAI: O SENHOR VAI CHEGAR!


Domingo I - Advento
Neste primeiro domingo do Advento inicia-se o novo ano litúrgico A. Sempre lembramos que além da conversão, promessa, esperança, o Advento também nos evoca uma vigilânça. Baseando-nos no Evangelho de Mt 24:37-44, podemos aprofundar a nossa reflexão relacionada com o Advento como o tempo de vigiar, o momento onde a vinda do Senhor está próxima e precisamos de estar vigalantes.  Assim podemos perguntar a nós mesmos:  o que é vigiar e porque é que devemos vigiar na vinda do Senhor?
Para alguns, o vigiar pode ser uma atitude policial por se considerarem donos da verdade. No episódio do Getsémani, Jesus pede aos seus discípulos que vigiem com Ele. Vigilância, neste caso, é solidalizar-se com Jesus, que está para ser morto por uma sociedade baseada na mentira e na injustiça. Ele quer pessoas que, apesar de não saberem quando o Senhor virá, se solidarizam com os que clamam pela Sua vinda, projectando luzes novas sobre a escuridão que invade a nossa sociedade.  Os que assim agem, colhem desde já as sementes de eternidade que se encontram no momento presente.

De facto precisamos de vigiar porque ninguém sabe quando será a vinda do Senhor. Nem podemos pretender que apareçam os sinais espectaculares anunciando que a hora está para chegar, pois a hora do Filho do Homem será como nos dias de Noé (v.37. cf. Gn 6-8).  Naquela ocasião, as pessoas levavam a vida: comiam e bebiam, contraíam matrimónio e casavam as filhas (v.38). Nada de extraordinário para anunciar a iminência do dilúvio, a não ser a presença de Noé, que era pessoa justa entre os seus conterrâneos, andava com Deus, e por isso obteve o favor de Javé. (cf. Gn 6, 8-9).

O evangelho não emite um julgamento a respeito da conduta das pessoas no tempo do Noé. Limita-se a frisar que os contemporanêos de Noé nada perceberam até que veio o dilúvio e arrasou a todos (v.39). Contudo não devemos desprezar a insensibilidade das pessoas daquele tempo e de hojé também. No fundo, a vinda do Filho do Homem é uma questão de sensibilidade em relação ao momento presente, semelhante à de Noé, qualificado como pessoa justa. É ai que se joga o destino da sociedade: “A vinda do Filho do Homem será assim também. Haverá então dois homem no campo: um será tomado e o outro deixado. Haverá duas mulheres a moer com a mó: uma será tomada e outra deixada (vv.39-41). Porquê existe essa diferença de sortes? Qual terá sido o critério de selecção, se aparentemente os dois homens e as duas mulhers estavam fazendo exactemente as mesmas coisas? A resposta está no modo como as pessoas agem. Há quem vive o presente preparando o futuro, e há quem não aprendeu da história (os tempos de Noé) e não sabe como viver o presente, nem prepara o futuro. E por estas razões, realmente é preciso vigilânça.

A vigilânça é uma questão de solidariedade, de estar atentos e prontos. Sobretudo perante a realidade social onde existem injustiça, opressão, depressão, corrupção, mentira, manipulação, etc... o advento nos chama à atenção de como sensibilizar, conscientizar e agir a nossa vida presente para encontrar o Senhor que está para chegar. Vigiar é solidarizar-se com Jesus para superar as variadas formas de morte na nossa sociedade. Amen!

Autoria desta mensagem:
Missionários do Verbo Divino, Monapo

2010-11-25

MUTHUKO, LUZ...

Este é o espaço dos consagrados da Diocese de Nacala na net. Queremos partilhar uns com os outros e com o mundo inteiro a nossa alegria de chamados ao seguimento de Cristo, o caminho, a verdade e a vida. Ele é a luz que nos guia. Queremos que esta luz brilhe aqui.