2010-12-30

CONSERVAVA TUDO EM SEU CORAÇÃO


1 de Janeiro
Santa Maria, Mãe de Deus

"Maria conservava todas estas coisas, meditando-as em seu coração" (Lucas 2, 19).
Esta simples frase é, por si só, bastante inspiradora. Ela nos revela como Maria é a mulher do silêncio de Deus. A mulher que faz a ”digestão” das coisas de Deus, dos seus mistérios, no seu coração, no lugar mais nobre e mais à altura de acolher e de decifrar os espantosos desígnios de Deus. Maria vai, aos poucos, percebendo que é alvo da predilecção do Senhor. E isso deixa-a sem palavras.

É normal que em situação de pós parto, a namattottho, a jovem Mãe se sinta ainda um pouco cansada. Mas o seu silêncio não reflecte desgaste, apatia ou indiferença em relação ao que dizem os pastores, que vieram porque anjos lhes comunicaram o extraordinário nascimento do Messias. O seu silêncio é próprio de quem, juntamente com o filho recém-nascido, se vê o centro das atenções de todos e sobretudo da atenção de Deus. É o silêncio do encantamento, da imersão no amor de Deus.

O amor tem destas coisas. Sobretudo na primeira troca de olhares ou de palavras, quando os namorados se apercebem de que existe correspondência de parte a parte, o coração fica interiormente em festa. Esta festa pode explodir, expandir-se e ser comunicada aos amigos (foi o que fez Maria uns meses antes, cantando o Magnificat quando se encontrou com sua prima Isabel); mas esta festa também se pode saborear interiormente. É o que acontece agora. Mais tarde, encontrando o jovem Jesus entre os doutores da lei, e mesmo sem entender bem o comportamento do filho, ela reagirá da mesma maneira: “Guardava todas estas coisas no seu coração” (Lc. 2, 51).

É frequente as mães, por detrás, refugiadas no anonimato, congratularem-se com os sucessos públicos de seus filhos. O filho de Maria é mais do que o filho seu, é o Filho do Altíssimo, é Deus em carne e osso! Como deve ser grande a sua admiração e alegria ao ver no presépio de Belém os pastores relatarem os sinais do céu que os conduziram àquele lugar para adorar o menino. Vamos todos nós adorá-lo também. Maria, Mãe de Deus, espera por nós, embevecida.


Autoria deste texto:
Missionários do Espírito Santo, Itoculo

2010-12-26

FAMÍLIA É GRAÇA DE DEUS


Domingo da Sagrada Família 
Sejam quais forem as discussões sobre a historicidade dos Evangelhos da Infância, o facto é que Mateus utiliza um género literário estranho à nossa mentalidade moderna. O evangelista descreve os acontecimentos como realizações anunciadas no Antigo Testamento. Ele divide o seu Evangelho em cinco partes assinalando, assim, o Pentateuco de Moisés, nesta sequência Jesus aparece como quem completa a lei mosaica.
O anúncio do nascimento de Jesus a Herodes faz-se em circunstâncias idênticas àquelas que circundam o anúncio do nascimento de Moisés a Faraó. Diante desta notícia, Faraó manda matar os primogénitos recém-nascidos dos Hebreus - Herodes ordena a exterminação dos primogénitos de Belém. Moisés escapa ao massacre e foge para o estrangeiro - Jesus escapa ao massacre dos inocentes e foge para o Egipto. José é chamado a regressar à Palestina, com Maria e o Menino, nos termos semelhantes aos que foram empregues pelo anjo, para chamar Moisés a regressar ao Egipto. Este modo de narrar a história de Jesus utilizado por Mateus, ilustra bem seu propósito de mostrar que Ele é o Messias anunciado pelos patriarcas e pelos profetas.
O tempo da Igreja é então anunciado no tempo de Jesus. Constatamos que todos os dias haverá cristãos que tomarão o caminho do Egipto, para fugir dos que poderão querer fazer morrer o Cristo que neles se perpetua.
Hoje é festa da Sagrada Família, Jesus Maria e José. Ao celebrar esta festa, após a Solenidade do Natal, a Igreja nos dá um grande ensinamento sobre a importância da família em nossa vida cristã e social. Hoje, numerosos cristãos dão graças a Deus pelo dom da família, uma família segundo os desígnios do Seu amor. Ele próprio que quis ser Família!
Desde as origens, Deus nos criou homem e mulher, esposo e esposa, pai e mãe. Depois do pecado original a família entrou em desarmonia. Contudo, Deus salvou-a enviando Jesus nascido de uma família, restaurando e reafirmando, desta maneira, o seu compromisso de agir no mundo por intermédio da vida famíliar.
Provavelmente, não conheceremos nunca neste mundo os motivos que levaram Deus a dar à vida em família um lugar tão central na sua criação e na sua redenção. Mas nós poderíamos pelo menos enumerar alguns:
Um dos motivos importantes é de nos mostrar que a vida humana, é um dom precioso e que vem directamente de Si. Ninguém pode produzir uma vida humana sozinho como se fosse um artista produzindo uma pintura, ou um pedreiro levantando um muro. A vida humana provém da união de um homem e de uma mulher, união na maioria das vezes agraciada pela concepção de um filho.
A vida humana em família é graça de Deus, é uma realidade que se nota na primeira leitura. O autor sagrado elogia a vida familiar, sublinhando o amor, o respeito e protecção entre os membros da família, como condição essencial para o crescimento e harmonia dos mesmos, ainda que seja em circunstâncias difíceis. Importa que procuremos mais, o que fortifica a família como lugar privilegiado onde cada membro encontra espaço sagrado para responder com grandeza de alma aos apelos de Deus, da Igreja e da sociedade.
Nenhum de nós é produto da ciência ou da sorte, ou mesmo resultado de um engano ou um acidente. Somos filhos bem-amados de Deus, chamados a viver eternamente com Ele. Eis a razão pela qual a Igreja se mostra intransigente em questões da genética e da dignidade humana. Somos criados à imagem e semelhança de Deus. Quando insistimos sobre a dignidade da vida humana, queremos referir todo o ser humano a partir do seu estado fetal. Esforcemo-nos por reflectir seriamente sobre o nosso modo de nos relacionarmos com a criação e sobretudo com os nossos semelhantes.   
                       
Autoria deste texto:
Filhas da Caridade, Nacala

2010-12-23

HOJE NASCEU O SALVADOR

Natal do Senhor

Lc 2, 1-14

Após um certo período de preparação para festejar o nascimento de Jesus, o Salvador
eis-nos diante das experiências vividas pelos primeiros anunciadores da Boa Nova.

Convidamos – vos primeiro a entrar no contexto histórico deste trecho do Evangelho.
Naqueles dias, o imperador Augusto publicou um decreto, ordenando um
recenseamento em todo o império. (v.1)

O recenseamento ordenado pelo imperador era instrumento de dominação, já que possibilitava saber quantas pessoas deviam pagar o tributo. Dentro dessa situação de dominação nasce Jesus, o Messias, que desde o primeiro instante de sua vida se identifica com os pobres.

Jesus, Tu vês a condição do vosso povo, em particular o povo macua, inúmeras são as dominações que os paralisam: o medo, o sistema de governo, os contra valores culturais, a corrupção, a incredulidade de muitos em tua acção libertadora... Liberta-o destas paralisações a fim de renascerem em Ti, por Ti e para Ti.

Maria deu à luz o seu filho primogénito. (v. 7)

Jesus é a primeira e única sorte de Maria, quer dizer aquele que é o “Considerado”, o Amado, o que está repleto das graças divinas….aquele em que o Pai depositou toda a sua Confiança.

Que na primeira sorte de Maria possamos encontrar todas as bênçãos divinas que desejamos para cada cristão a fim de que também possamos participar do mistério da sua encarnação, vida, morte e ressurreição.

Um anjo do Senhor apareceu aos pastores; a glória do Senhor os envolveu em luz… (v.9)

Os pastores são os primeiros a receber a Boa Notícia, são os pobres e marginalizados. Com efeito, na sociedade da época, os pastores eram desprezados, porque não tinham possibilidades de cumprir todas as exigências da Lei. É para eles que nasceu o Salvador, o Messias e o Senhor.

Em nossa sociedade actual é fácil identificar o pobre, para quem a Boa Notícia é anunciada e o qual se deixam modelar por ela: as mulheres, os camponeses, os doentes, o jovem sentado em casa há muitos anos sem continuar os estudos e sem trabalho, o desempregado, as prostitutas….e tantos outros pobres que estão sempre à nossa porta a mendigar o amor de Jesus Salvador. Jesus, Tu que viestes para os pobres vinde com a tua fragilidade de criança nos envolver da tua luz e da tua glória.

Eu anuncio para vocês a Boa Notícia que será uma grande alegria para todo o povo: hoje, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor. (v.10-11)

Jesus é o Salvador porque traz a libertação definitiva. É o Messias porque traz o Espírito de Deus, que nos convida para uma relação de justiça e amor fraterno (Is 11,1-9). É o Senhor, porque vence todos os obstáculos, conduzindo os homens dentro de uma história nova. Esta é a alegria reservada para todos os que acolhem Jesus e se deixam transformar por Ele.

Jesus envolva-nos das alegrias eternas do seu nascimento o qual é para nós a vida que destrói todo temor de morte, assim faremos de Ti o nosso Salvador, o nosso Messias e o nosso Senhor para que como os anjos também possamos cantar aqui na terra Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados. (v.14)

As Irmãs Missionárias do Espírito Santo desejam a todos um Feliz e Santo Nata do Senhor!


autoria deste texto
Irmãs Missionárias do Espírito Santo, Itoculo 

2010-12-18

ÀS PORTAS DO NATAL


Domingo IV - Advento

Às portas da celebração do Natal, subimos o último degrau no nosso itinerário de Advento. O Evangelho deste domingo nos coloca frente aos acontecimentos que precedem o nascimento de Jesus, especialmente os relacionados com o anúncio de que a criança gerada no ventre virginal de Maria provem de Deus.

O Nascimento de Jesus Cristo  foi desta maneira: Maria, sua mãe, estava desposada com José, e antes de viverem juntos, aconteceu que ela esperava um filho por obra do Espírito Santo. José, seu esposo, que era justo, e não queria denunciá-la, decidiu repudiá-la em segredo. Mas, enquanto teve essa resolução, apareceu-lhe em sonhos um anjo do Senhor que lhe disse: "José, filho de David, não tenhas receio em levar Maria, tua Mulher, porque o filho que tem em seu ventre vem do Espírito Santo. Dará à luz um filho e tu lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos pecados". Tudo isso sucedeu para que se cumprisse o que havia dito o Senhor pelo Profeta: "A Virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe porá o nome de Emanuel, que significa "Deus connosco". Quando José despertou, fez o que lhe havia mandado o anjo do Senhor e levou para casa a sua mulher.


autoria deste texto:
Irmãs Franciscanas da Puríssima, Ilha

2010-12-09

A ALEGRIA DE SER MISSIONÁRIO

Domingo III - Advento


Neste terceiro domingo do Advento, encontramos algumas “atitudes que temos de manifestar em confronto com a realidade vivida”.
Tanto na primeira como na segunda leitura encontramos quase um refrão: “vale a pena esperar”, em outras palavras “vale a pena arriscar”, mas arriscar não de maneira isolada mas duma maneira organizada, comunitária.
Quantas vezes temos medo de agir … não porque não sejamos capazes, mas porque não conseguimos nos organizar… porque não conseguimos esperar ou arriscar (com o nosso povo). A chegada de Jesus é iminente e nós temos de acreditar. Na verdade nisto se baseia a alegria de ser missionário. Uma espera de tempos novos onde a nossa alegria está presente no meio do povo nesta espera, nesse acreditar.
Muitos, de facto, não querem que se viva esta atitude de “espera” e preferem viver uma falsa alegria. Será que a alegria do missionário é uma alegria comprada ou trocada por sucessos…?
Vale a pena arriscar, vale a pena ter uma fonte de alegria e de esperança.
João não duvida da presença messiânica de Jesus, porém a confirma com as próprias palavras do Cristo: Ide contar a João o que estais a ouvir e a ver: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, e os mortos ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres”. Tempos novos com uma lógica diferente cheia de mudanças e de alegrias. Esses factos são a prova do verdadeiro messias e são os mesmos que nós teríamos que mostrar como seguidores deste Cristo.

Qual é a nossa alegria?
Jesus apresenta João Baptista como o homem anunciador da alegria (da confiança). Entre os filhos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista, o anunciador da alegria.
A alegria de ser missionário ou missionária está presente nessas palavras entre os filhos não existem homens ou mulheres maiores do que aqueles que ousam viver tempos novos e se empenham por fazer vida a alegria que se partilha entre os pobres.
Convite: Mostrar atitude nestes tempos novos: Saber confiar sem pôr à prova, Saber esperar tendo conhecimento que cada um leva o seu ritmo de espera, saber reconhecer nos tempos novos a presença do messias.


autoria deste texto:
Missionários Combonianos, Carapira

2010-12-03

MUDAI O VOSSO CORAÇÃO


Domingo II - Advento

Temos diante de nós a figura do João Baptista que preparou ao povo de Israel para a vinda do Messias. Quem era João? Um homem austero. Tudo em si era simples: alimentação, vestes, próprio de habitantes do deserto, não de quem pertence a uma sociedade rica e corrupta. Toda a sua pessoa era uma denúncia. A condenação duma sociedade fundada nos falsos valores da opulência, da frivolidade, da superficialidade. A sua mensagem é resumida pelo Evangelho com uma simples frase: “O reino de Deus está perto, mudai o vosso coração.”



















O evangelho aplica o João Baptista o trecho do Profeta Isaias que fala do “caminho do Senhor”. O caminho deve estar livre para que o Senhor possa andar por ele. Que caminho é esse? Nosso coração. E assim o entenderam os simples, os que descobriram seus pecados, por isso eles, reconhecendo seus erros, pediram o Baptismo. Mas os Fariseus e Saduceus, aqueles que tinham o poder religioso e económico e também esperavam a vinda do Senhor, julgavam estar em paz com Deus, pelo facto de ser filhos de Abraão. Mas eles correm o risco “de serem cortados como árvores que não produz frutos ou serem queimados como a palha do trigo”

As palavras de João Baptista são actuais hoje para nós.  E se queremos que o Senhor venha, temos que reconhecer o que não “pactua” com o Evangelho. Não basta que o nosso nome esteja registrado no livro da Igreja. Pertencer exteriormente ao povo escolhido não basta! Ninguém se iluda, portanto, se não mudamos o nosso coração poderemos ser cortados como árvores inúteis,  ou até amaldiçoados como acontece com a serpente!!!


autoria deste texto:
Sevas do Espírito Santo, Monapo

2010-11-26

VIGIAI: O SENHOR VAI CHEGAR!


Domingo I - Advento
Neste primeiro domingo do Advento inicia-se o novo ano litúrgico A. Sempre lembramos que além da conversão, promessa, esperança, o Advento também nos evoca uma vigilânça. Baseando-nos no Evangelho de Mt 24:37-44, podemos aprofundar a nossa reflexão relacionada com o Advento como o tempo de vigiar, o momento onde a vinda do Senhor está próxima e precisamos de estar vigalantes.  Assim podemos perguntar a nós mesmos:  o que é vigiar e porque é que devemos vigiar na vinda do Senhor?
Para alguns, o vigiar pode ser uma atitude policial por se considerarem donos da verdade. No episódio do Getsémani, Jesus pede aos seus discípulos que vigiem com Ele. Vigilância, neste caso, é solidalizar-se com Jesus, que está para ser morto por uma sociedade baseada na mentira e na injustiça. Ele quer pessoas que, apesar de não saberem quando o Senhor virá, se solidarizam com os que clamam pela Sua vinda, projectando luzes novas sobre a escuridão que invade a nossa sociedade.  Os que assim agem, colhem desde já as sementes de eternidade que se encontram no momento presente.

De facto precisamos de vigiar porque ninguém sabe quando será a vinda do Senhor. Nem podemos pretender que apareçam os sinais espectaculares anunciando que a hora está para chegar, pois a hora do Filho do Homem será como nos dias de Noé (v.37. cf. Gn 6-8).  Naquela ocasião, as pessoas levavam a vida: comiam e bebiam, contraíam matrimónio e casavam as filhas (v.38). Nada de extraordinário para anunciar a iminência do dilúvio, a não ser a presença de Noé, que era pessoa justa entre os seus conterrâneos, andava com Deus, e por isso obteve o favor de Javé. (cf. Gn 6, 8-9).

O evangelho não emite um julgamento a respeito da conduta das pessoas no tempo do Noé. Limita-se a frisar que os contemporanêos de Noé nada perceberam até que veio o dilúvio e arrasou a todos (v.39). Contudo não devemos desprezar a insensibilidade das pessoas daquele tempo e de hojé também. No fundo, a vinda do Filho do Homem é uma questão de sensibilidade em relação ao momento presente, semelhante à de Noé, qualificado como pessoa justa. É ai que se joga o destino da sociedade: “A vinda do Filho do Homem será assim também. Haverá então dois homem no campo: um será tomado e o outro deixado. Haverá duas mulheres a moer com a mó: uma será tomada e outra deixada (vv.39-41). Porquê existe essa diferença de sortes? Qual terá sido o critério de selecção, se aparentemente os dois homens e as duas mulhers estavam fazendo exactemente as mesmas coisas? A resposta está no modo como as pessoas agem. Há quem vive o presente preparando o futuro, e há quem não aprendeu da história (os tempos de Noé) e não sabe como viver o presente, nem prepara o futuro. E por estas razões, realmente é preciso vigilânça.

A vigilânça é uma questão de solidariedade, de estar atentos e prontos. Sobretudo perante a realidade social onde existem injustiça, opressão, depressão, corrupção, mentira, manipulação, etc... o advento nos chama à atenção de como sensibilizar, conscientizar e agir a nossa vida presente para encontrar o Senhor que está para chegar. Vigiar é solidarizar-se com Jesus para superar as variadas formas de morte na nossa sociedade. Amen!

Autoria desta mensagem:
Missionários do Verbo Divino, Monapo

2010-11-25

MUTHUKO, LUZ...

Este é o espaço dos consagrados da Diocese de Nacala na net. Queremos partilhar uns com os outros e com o mundo inteiro a nossa alegria de chamados ao seguimento de Cristo, o caminho, a verdade e a vida. Ele é a luz que nos guia. Queremos que esta luz brilhe aqui.